segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A FARSA ELEITORAL - ILUSÃO E MENTIRA (PARTE 1)


FRASES E DECLARAÇÕES QUE REVELAM QUEM SÃO ELES/ELAS...
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"Kassab era secretário de Planejamento de Pitta e ajudou a acabar com a cidade, era um caos em todas as direções"
Marta Suplicy (PT), que tentou atrelar o adversário às gestões de Maluf e Pitta em SP.
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"A candidata Marta faz um debate pequeno, até mesquinho. Vai ver é desespero. Ela tem em sua campanha Delúbio, do Mensalão, gente do dólar na cueca"
Gilberto Kassab (DEM), que irritou a petista no debate.
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"Eu nunca tentei colocá-lo como preconceituoso. Você é que demonstrou um preconceito enorme com toda uma parte dessa cidade, que é a população do subúrbio"
Eduardo Paes (PMDB), que criticou comentário de Gabeira sobre vereadora.
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"Você sabe quantas vezes eu encontrei o Cesar Maia na vida? Cinco vezes! Enquanto você é cria dele, trabalhou com ele, copia ele. É muito cinismo!"
Fernando Gabeira (PV), que irritou-se com o adversário sobre seu suposto "turismo eleitoral".
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"Não dá para contar isso como obra do seu governo. Eram recursos já aprovados pelo Orçamento Participativo"
Maria do Rosário (PT), ao afirmar que o adversário não construiu nenhuma escola em seu governo.
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"Era uma grave deformação. Restabelecemos a verdade e isso incomoda a senhora"
José Fogaça (PMDB) ao comentar sobre gestões do PT na educação.
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"VOU GANHAR ESTA ELEIÇÃO NEM QUE EU TENHA QUE TRANSFORMAR ESTA CIDADE NUM INFERNO"
Trecho de um discurso de um candidato a prefeito de uma cidade cearense.

A FARSA ELEITORAL - ILUSÃO E MENTIRA (PARTE 2)


DEBATES
Fogaça e Rosário travam "guerra de números" no primeiro debate
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Os candidatos à prefeitura de Porto Alegre travaram uma guerra de números no primeiro debate do segundo turno das eleições municipais, realizado pela TVCom no domingo (12) à noite, José Fogaça (PMDB) e Maria do Rosário (PT) empilharam realizações e promessas ao longo de quase duas horas de discussão.
No primeiro bloco, os candidatos travaram uma disputa na área da educação. Enquanto Fogaça disse que seu governo estabeleceu 53 convênios com creches particulares e construiu 38 unidades de educação infantil, Maria do Rosário disse que os governos da Frente Popular, que governaram Porto Alegre entre 1989 e 2003, contrataram 133 acordos com escolas para crianças de zero a seis anos.
Fogaça denunciou que os governos do PT mantiveram matriculadas 5 mil crianças que não freqüentavam a escola para manter recursos do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). "Era uma grave deformação. Restabelecemos a verdade e isso incomoda a senhora", acusou o prefeito. Segundo ele, essas vagas foram preenchidas por crianças que efetivamente passaram a freqüentar a escola.
Como contraponto, Rosário lembrou que Fogaça não construiu nenhuma escola em quatro anos de governo e que o número de vagas na rede municipal de ensino diminuiu. As duas escolas que serão inauguradas em 2009 foram, segunda ela, foram projetadas nos governos da Frente Popular. "Não dá para contar isso como obra do seu governo. Eram recursos já aprovados pelo Orçamento Participativo", disse a candidata do PT.
Fogaça disse que implantou turno integral em 17 escolas municipais e disse que os governos do PT rejeitaram essa idéia porque eram propostas do PDT. Rosário disse que a cidade perdeu R$ 16 milhões para educação porque a prefeitura não registrou os convênios no Ministério da Educação. "E vai perder outros R$ 16 milhões", disse.
O embate sobre números também envolveu propostas na área do transporte público, da saúde, do desenvolvimento econômico e da habitação. A petista disse que há 8 mil postes de luz apagados em Porto Alegre. Rosário também prometeu ampliar para 250 as equipes do Programa Saúde da Família (PSF). Fogaça disse que reduziu em 40% o número de crianças nas ruas e que vai elevar o PSF para 300 equipes.
A candidata do PT disse que os níveis de homicídios dobraram em Porto Alegre nos últimos dois anos. "Isso também ocorreu em 2000 e 2001, quando os homicídios avançaram 53%. Se somos culpados por isso, o governo do PT também é", retrucou o prefeito.
O primeiro debate do segundo turno reservou poucos momentos de provocação entre os candidatos. No último bloco, Rosário provocou Fogaça dizendo que os recursos de segurança pública de Porto Alegre vieram majoritariamente do Ministério da Justiça. "Mas eles tiveram de ser comunicados, porque não sabiam. Não lêem jornal. São inoperantes em matéria de segurança", disse a petista."Não é verdade", reagiu Fogaça. Segundo ele, os recursos foram disponibilizados em função de projetos apresentados pela administração municipal.
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Tensão e ironias marcam confronto entre Gabeira e Paes na TV
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Fernando Gabeira (PV-PSDB-PPS) e Eduardo Paes (PMDB-PP-PSL-PTB) enfrentaram-se cara-a-cara em debate promovido pela TV Bandeirantes, na noite deste domingo (12). Pela primeira vez em todo o período eleitoral, os candidatos à prefeitura do Rio compareceram a um debate na televisão. Não foi, entretanto, apenas esse evento que marca a diferença do segundo em relação ao primeiro turno. O clima de cordialidade foi substituído por agressões diretas.No primeiro e no segundo blocos, os candidatos fizeram perguntas entre si e levaram para a TV episódios que marcaram a semana, como a polêmica entre Gabeira e a vereadora Lucinha (PSDB) e a agressão de um correligionário do PV por cabos eleitorais de Eduardo Paes.Paes começou o debate criticando o candidato do PV, que teria dito que a vereadora Lucinha, do PSDB, tinha uma visão suburbana e precária sobre a construção de um aterro. "Eu nunca tentei colocá-lo como preconceituoso. Você é que demonstrou um preconceito enorme com toda uma parte dessa cidade, que é a população do subúrbio", respondeu Paes.
Nos dois minutos a que tinha direito, porém, não atendeu à questão levantada pelo adversário, que declarou ter pedido desculpas a Lucinha abertamente, enquanto o peemedebista não divulgou o conteúdo da carta que enviou à primeira-dama Marisa Letícia, na qual tentaria se desculpar por ofensas dirigidas ao filho dela com o presidente Lula.Após Gabeira usar sua réplica para alegar que Paes usaria o fato para dividir a cidade politicamente, o peemedebista citou o caso do presidente do diretório do PV em Madureira, Francisco Miranda Santana, agredido no sábado por militantes de sua campanha. Ele acusou Gabeira de manipular o fato politicamente e tentou desqualificar a vítima ao citar processos criminais com os quais Miranda estaria envolvido."Não se justifica violência levantando a ficha penal de alguém, a menos que se defenda o uso da violência", rebateu o candidato do PV, que aproveitou uma pergunta de Paes sobre o combate à dengue para concluir: "Cada vez que o candidato fala de mim, ele fala dos partidos que me apóiam, mas o último secretário de saúde do PMDB está na cadeia. Por isso que eu digo que você não pode defender que quem tem ficha suja seja espancado, porque isso vai afetar seus correligionários", completou, em referência ao ex-secretário Gilson Cantarino, que é acusado de desviar R$ 62 milhões durante a gestão de Rosinha Garotinho (PMDB).
Paes negou que tivesse o apoio de presidiários e procurou ressaltar propostas "pitorescas" do programa de governo de seu adversário, como o uso de GPS e de aviões não tripulados para combater a dengue. Gabeira lembrou que seu programa está centrado no programa de saúde da família, na prevenção de epidemias e na compra de medicamentos por pregão compartilhado entre municípios, numa visão metropolitana da saúde. "O avião é apenas um detalhe", arrematou.
O candidato do PV estourou o tempo cinco vezes. O do PMDB, duas vezes. Paes não perdeu oportunidades para acusar o adversário de fazer "turismo eleitoral" e de vinculá-lo ao prefeito Cesar Maia, ao que obteve uma resposta dura de Gabeira:"Toda vez que você fala do Cesar Maia, você coloca entre vírgulas um 'que apóia sua candidatura', mas você sabe quantas vezes eu encontrei o Cesar Maia na vida? Cinco vezes! Enquanto você é cria dele, trabalhou com ele, copia ele. É muito cinismo!", comentou o deputado federal.Propostas surgiram, de fato, apenas no terceiro bloco, quando responderam a questões feitas por jornalistas. Gabeira defendeu a divulgação de contas da administração pública pelo site Rio Transparente e lembrou que foi o primeiro a abrir as contas de campanha, mesmo quando a Justiça Eleitoral não o exigia. Ele também propôs parcerias com a iniciativa privada para adoção de creches e a utilização de clubes e vilas olímpicas para ocupar estudantes em tempo integral, o que também foi apoiado pelo peemedebista.Paes prometeu investimento em creches e pré-escolas, além do reforço escolar. Disse, ainda, que a saúde seria a prioridade de seu governo e propôs a implantação do bilhete único na rede de transportes. Gabeira, que também citou o bilhete único, defendeu uma nova licitação para empresas de ônibus e a ampliação do acesso de deficientes.A última pergunta feita por jornalistas tocou num ponto sensível ao peemedebista, a mudança de partidos. Paes respondeu que sua "prioridade é o Rio de Janeiro" e a "união de forças", para justificar suas cinco migrações partidárias. Gabeira, que passou uma vez pelo PT, acusou Paes de "abandonar um navio" para assumir uma "posição de comando em outro navio", ao integrar a Secretaria Estadual de Esporte no governo Sérgio Cabral. "Vamos inventar uma nova modalidade para os Jogos Pan-americanos: a fuga de respostas", alfinetou o candidato do PV, sobre a insistência de Paes em fugir do tema.Nos dois minutos de considerações finais, Eduardo Paes afirmou ser o candidato da união entre os governos Federal, do Estado e Municipal pelo bem do Rio. Gabeira lembrou a campanha negativa feita contra ele por membros da coligação de Paes, que o chamaram de "macaco Tião da classe média" e prometeram "jogar ovos" caso ele aparecesse em locais da zona oeste. O peemedebista pediu e obteve 30 segundos de resposta, nos quais negou que apoiasse tais comentários.
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Kassab e Marta partem para o ataque, trocam acusações e esquentam debate em SP
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No primeiro debate do segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) trocaram ataques sobre suas gestões, acusações mútuas sobre suas trajetórias políticas e revelaram a estratégia que deverão adotar até as eleições do dia 26 de outubro, em tom bem menos ameno do que no primeiro turno.
No encontro mediado pelo jornalista Boris Casoy na noite deste domingo (12), os dois candidatos concordaram apenas em uma resposta, dizendo que irão cumprir integralmente o mandato caso sejam eleitos.
"Pretendo fazer um governo tão bom que vou ficar oito anos. E espero ter a possibilidade de arrumar o trânsito dessa cidade, que peguei caótico", disse Marta, em sua primeira crítica a Kassab. O prefeito também afirmou que irá ficar por mais quatro anos e fez a primeira menção ao governador José Serra (PSDB). "Tanto vou continuar que continuei o trabalho de Serra aqui na cidade", disse.
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Pitta x Maluf x Lula x Serra
A partir de então, ambos abandonaram a cordialidade. Em sua primeira pergunta a Marta, Kassab deu mostra de que os ataques não seriam brandos. "Em nosso governo, triplicamos o volume pavimentado e quadruplicamos o recapeado. Por que na sua gestão essa área [de asfaltamento] foi tão insignificante?", questionou. Na segunda, emendou: "Você vai continuar com a taxa de asfalto?"
Os ataques causaram a irritação de Marta, que subiu o tom e voltou a atrelar o adversário à gestão Celso Pitta, de quem Kassab foi secretário de Planejamento. "Kassab era secretário de Planejamento de Pitta e ajudou a acabar com a cidade, era um caos em todas as direções. E quando se falava em governo da reconstrução, na minha gestão, era de verdade, não era só uma palavra", atacou Marta, que alfinetou: "Eu fiz muito [asfalto] na periferia, coisa que você só fez nos Jardins."
Kassab também explorou as alianças de Marta. "Você tem a mania de trazer o Lula, o Maluf, o Pitta. Nós temos que discutir propostas. E ainda faz túneis nos Jardins, para atender bairro de ricos", disse Kassab.
"Eu acho muito importante saber com quem se anda. Eu ando com Lula, e tenho muito orgulho. Você anda com Maluf e Pitta, e agora tem vergonha disso. Essa questão da trajetória é muito importante. Então, assuma a sua", rebateu Marta. "O Maluf é da base de governo do Lula, e, em relação ao Pitta, assim como milhões de eleitores, me arrependi e me afastei", completou o prefeito.
No terceiro bloco, Marta voltou a atacar a trajetória de Kassab, desta vez, criticando seu partido. Ela disse que o democrata está travestido de tucano. "O DEM é o PFL que mudou de nome. Partido dos coronéis do nordeste. A única coisa que sobrou pra esse partido é a prefeitura de São Paulo", disse.
"A candidata Marta faz um debate pequeno, até mesquinho. Vai ver é desespero. Ela tem em sua campanha Delúbio, do Mensalão, gente do dólar na cueca. Ela esquece de falar. Então, eu faço um convite para manter o nível nesse debate, nessa campanha, em respeito ao eleitor", disse Kassab.
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Ex-prefeita x prefeito
Os candidatos também trocaram ataques sobre a situação que encontraram na prefeitura quando assumiram seus respectivos mandatos. Marta disse que Kassab tem duas faces, a da propaganda e a como prefeito. O candidato à reeleição atrelou a imagem da petista às taxas.
"A situação difícil que Marta encontrou, nós encontramos em dobro em dívidas", disse Kassab, que fazia questão de chamar Marta de "ex-prefeita". "Eu estou pasma com o que você está falando. Você mistura tanto as coisas que é difícil até de desmentir. Eu não deixei a prefeitura falida. Então, vai com calma", irritou-se a petista.
Ambos afirmaram terem assumido a prefeitura com a "cidade quebrada". Enquanto Marta atacou Pitta, a quem sucedeu, Kassab atacou a ex-ministra do Turismo, que governou até assumir José Serra, em 2005. "Sua gestão com o Pitta deixou essa cidade com uma dívida tremenda. O que eu entreguei para vocês é infinitamente melhor do que eu recebi. Vocês receberam a cidade organizada", disse Marta.
Com relação às propostas, caos no trânsito foi o principal tema dos candidatos que, ainda assim, não abandonaram o tom de ataque. Marta afirmou que a culpa da situação do transporte na capital é do atual prefeito, que "não investiu em corredores de ônibus", enquanto Kassab afirmou que irá "colocar verba no metrô".
Marta veio preparada com vetos e projetos de Kassab, como o do pedágio urbano. "O projeto está lá, por que não tirou o projeto?", questionou Marta, sobre o fato de que o prefeito apresentou projeto na Câmara que previa a cobrança.
"Foi um equívoco na nossa secretaria de governo. Enquanto eu for prefeito, não haverá pedágio urbano, diferente da ex-prefeita, que tinha impostos e taxas como principais iniciativas em seu governo. Ela não investiu na saúde, não fez as AMAs. Vejam a pesquisa, vejam as urnas. A população tem memória e está contente com a nossa gestão. É mentira da ex-prefeita, esse projeto não existe", atacou o democrata.
A agressividade dos candidatos provocou três pedidos de resposta, dois de Marta e um de Kassab. O único atendido foi o do prefeito, causando nervosismo na petista. Ambos afirmaram ter sido vítimas de ataque pessoal, sendo chamados de mentirosos pelo adversário.
Ainda sobre o trânsito, Kassab disse que combateu a fraude nas catracas e perguntou à Marta se ela vai permitir que isso volte. Marta criticou o prefeito. "Se tem fraude, deve-se controlar melhor as fraudes, ao invés de retirar o benefício da população", disse a petista, referindo-se ao fim do carregamento do Bilhete Único na catraca. Kassab retrucou: "Eu não controlo [a fraude], eu combato mesmo. E isso é fazer justiça social".
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CEUs e Internet
Kassab atacou o projeto de Marta, que pretende levar sinal de Internet gratuito para toda a cidade. "Por que gastar tanto dinheiro num projeto de grande dificuldade como esse, que foi implantado apenas em uma cidade do país, ao invés de gastar com saúde?", ironizou. Marta rebateu, dizendo que o custo não é extraordinário. "Eu banquei os telecentros, quando seu partido dizia que não."
Kassab continuou com as ironias. "A Marta vai implantar essa Internet, que parece mais aquele CEU Saúde, que ela não fez. Mais um factóide", alfinetou, mais uma vez irritando a petista. "A saúde tem uma verba própria, e o orçamento hoje é muito maior hoje. Você está pensando muito pequeno, tem que pensar grande. E as pessoas estão doidas para ter Internet gratuita e eu vou fazer", respondeu Marta.
Sobre o CEU profissionalizante, Marta afirmou que Kassab vetou projeto que previa a implantação e, agora, promete colocar a proposta em prática em sua propaganda eleitoral. "Em que Kassab a população deve acreditar? No Kassab real ou no da propaganda? São dois Kassabs", desafiou.
"A população pode votar tranqüilamente no Kassab que vetou esse projeto porque isso é uma responsabilidade do governo do Estado. E estamos implantando isso com o governador José Serra", disse Kassab. "Então você confirma o que você está falando, porque, na propaganda, você fala que é você quem vai fazer", retrucou novamente Marta.
Com relação às taxas, Marta mais uma vez se irritou e prometeu. "Eu não vou fazer mais taxas nessa cidade. A gente aprende com a vida".
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Chegada dos candidatos
Logo na chegada à emissora, por volta das 20h, Marta Suplicy havia adiantado o tom que adotaria durante o debate. A ex-prefeita tentou atrelar a imagem de Kassab a Pitta e minimizou sua vantagem no segundo turno.
Kassab rebateu a petista e afirmou que seu passado não é segredo. "Todo mundo conhece a minha trajetória política até aqui", disse.